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Artigos de 20-6-13


** Folha- Paula Cesarino Costa
Degrau por degrau

"Vivi um inferno", resumiu a servente da Assembleia Legislativa do Rio, uma das várias pessoas que ficaram presas, apavoradas, dentro do Palácio Tiradentes, na noite
de segunda-feira. Cercado pela turba, o palácio parecia prestes a ser tomado. Mas isso só faria sentido há dois séculos.
Seu corpo ainda doía. O som das vidraças se quebrando --agora por quem recuperava o que havia sido destruído por gente com rosto escondido no meio da já histórica
passeata-- fazia lembrar a noite de terror vivida poucas horas antes.
O espaço da Assembleia é um dos palcos preferidos de manifestantes de todos os tipos e origens no Rio. Por lá passaram personagens anônimos e protagonistas da história
do país.
Nos tempos coloniais, o mesmo local abrigava a Cadeia, onde ficaram presos inconfidentes, como Joaquim José da Silva Xavier, executado em 21 de abril de 1792. E
também o Legislativo que, em 1888, nos tempos do Império, aprovou a lei que aboliu a escravidão. Em 1891, viu nascer a primeira Constituição republicana.
Em 1922, Cadeia e Câmara foram demolidas, dando lugar ao feioso prédio de estilo "eclético", tombado em 1992, após um acirrado debate sobre o merecimento de tal
glória, e batizado com o nome de Tiradentes.
Em sua fachada ficou pendurada gigantesca foto de Getúlio Vargas, no ano de 1941, nos moldes dos grandes ditadores. Pouco depois, sediou a democrática Constituinte
de 1946.
Hoje, mais do que no plenário, é na escadaria que a história tem sido escrita. Para lá, dirige-se quem pede melhor salário, mais saúde e educação ou o fim da corrupção.
O Palácio Tiradentes viu de tudo na história. Em casa de enforcado, não se deve dar corda para violência nem para intolerância, mas suas portas têm de estar abertas
ao que vem da rua. Tudo indica que seus degraus continuarão a ser subidos por quem começa a dizer o que quer.


** Folha- Blatter e a revolta popular
Kenneth Maxwell - Tradução de Paulo Migliacci

Joseph "Sepp" Blatter, o presidente da Fifa, criticou os torcedores brasileiros de futebol na inauguração do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, quando
eles vaiaram a presidente Dilma Rousseff.
O Brasil derrotou o Japão, mas Blatter deveria ter ficado quieto. Enquanto ele falava, a polícia usava balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes
que estavam do lado de fora do estádio para expressar a raiva do público pelas quantias gastas no estádio e nos preparativos para a Copa do Mundo. Aldo Rebelo, o
ministro do Esporte, declarou que "o governo não tolerará manifestações".
Nos dias seguintes, o povo saiu às ruas de Belém a Salvador, de Natal a Florianópolis e Porto Alegre, e do Rio a São Paulo, em um movimento que tomou as autoridades
federais, estaduais e municipais de surpresa - e o mesmo vale para os partidos políticos. A violenta reação inicial da PM no Rio e em São Paulo só fez aumentar a
conflagração.
O movimento popular está sendo coordenado por meio das mídias sociais e, aparentemente, não tem liderança clara. Foi estimulado pelo aumento nos preços das passagens
do transporte público, pela preocupação quanto aos gastos excessivos com as instalações esportivas novas e reformadas, pelas exigências e pelo comportamento da Fifa
e pela raiva quanto à corrupção continuada e endêmica.
Uma revolta popular, a Revolta do Vintém, acontecida no Rio no final de 1879 e no começo de 1880, começou quando foi apresentado um imposto de 20 réis sobre todos
os passageiros que usavam os bondes puxados a mula na cidade. Os manifestantes se reuniram diante do palácio de São Cristóvão. O imperador d. Pedro 2º queria ser
conciliador. Mas, quando a polícia não se provou capaz de conter a multidão furiosa no largo de São Francisco, o ponto inicial e final das linhas de bonde, a polícia
chamou o Exército e mais de uma dúzia de manifestantes foram mortos e feridos quando os soldados abriram fogo.
A revolta popular em São Paulo em 2013 começou como movimento de protesto contra aumento nas tarifas de transporte público, e a PM reagiu com violência, disparando
granadas de gás lacrimogêneo contra a multidão. Muitas pessoas foram feridas, entre as quais diversos jornalistas.
A Revolta do Vintém terminou tão rápido quanto tinha começando, quando o imposto de 20 réis foi retirado. Mas ela chocou o regime imperial. Cerca de nove anos mais
tarde, o imperador seria substituído por um governo republicano.
As demandas da atual revolta popular nas ruas do Brasil urbano são incoerentes, até o momento. Mas o movimento é nacional. Os políticos não serão capazes de evitar
as consequências.


** Folha- Pasquale Cipro Neto
'Bom cabrito é o que mais berra'

"Sou brasileiro de estatura mediana / Gosto muito de fulana / Mas sicrana é quem me quer (...) /
Eu sou poeta e não nego a minha raça / Faço versos por pirraça / E também por precisão (...) /
Brasileiro, tatupeba, taturana / Bom de bola, ruim de grana (...) /
Por onde passo deixo rastro, deito fama / Desarrumo toda a trama / Desacato Satanás (...) /
Diz um ditado natural da minha terra / Bom cabrito é o que mais berra / Onde canta o sabiá / Desacredito no azar da minha sina / Tico-tico de rapina / Ninguém leva
o meu fubá."

Esses memoráveis versos fazem parte de "Lero-Lero" (melodia de Edu Lobo; letra de Cacaso). Cacaso era o apelido de Antônio Carlos de Brito (1944-1987), professor
de literatura da PUC-RJ e letrista, dos grandes.
Pois essa letra do grande Cacaso é mais uma das que nos fazem sentir a grandeza e a importância da poesia, por ser arte e por ser ponte entre nós e o mundo.
O caro leitor já leu e releu o excerto de Cacaso e já o relacionou com o que ocorre no Brasil neste momento? É claro que me refiro aos diversos movimentos Brasil
afora e, consequentemente, aos seus propósitos e despropósitos, ao que se lê nos muitas vezes geniais cartazes empunhados pelos participantes, à lamentabilíssima
atuação das polícias militares em diversos episódios etc., etc., etc.
Voltemos aos versos de Cacaso. O primeiro deles na verdade não se refere apenas a uma característica do sujeito lírico. Mediano aí é também o brasileiro ampliado,
que sai do eu lírico e vai para o padrão médio. Esse brasileiro, que faz versos por pirraça e por precisão, que é bom de bola e ruim de grana, que, por onde passa,
deixa rastro e deita fama, desarruma toda a trama e desafia Satanás...
Irônico e mordazmente ambíguo, o texto de Cacaso acerta na mosca quando, nos últimos versos do parágrafo anterior e na caracterização do tico-tico, que, no imaginário
brasileiro, é dócil, transforma o simbólico pássaro nacional numa ave de rapina (do qual não se tasca o fubá...).

Os últimos acontecimentos Brasil afora (incluídas declarações de autoridades e a atônita cobertura de parte da imprensa) se encaixam como luva no poema-vaticínio
de Cacaso, cuja inquietante ambiguidade (traço de boa parte da boa poesia) nos faz querer saber quem de fato é o Satanás desafiado, qual é a trama que se desarruma
etc.
Mas o melhor de tudo está em
"Diz um ditado natural da minha terra / Bom cabrito é o que mais berra / Onde canta o sabiá / Desacredito no azar da minha sina...".
Como bem sabe o leitor, o ditado nacional é outro; é o infame "bom cabrito não berra", profundamente ligado à nossa infame história de capitanias hereditárias, transformação
do público em privado etc., etc., etc.
É imperativo salientar mais uma vez a devastadora ironia e a mordaz ambiguidade de Cacaso presentes nos versos citados no início deste parágrafo, fundamentais para
que se compreenda o caráter vaticinador do poema.
"O gigante acordou" diziam muitos dos cartazes vistos nas manifestações Brasil afora. Não sei se acordou de vez, mas parece que, ao menos desta vez, a sina de bom
cabrito, aquele que não berra, foi por água abaixo. Já dizia Chico Buarque, outro gênio da nossa poesia musical, na antológica "Bom Conselho" (de 1972):
"Ouça um bom conselho / Que eu lhe dou de graça / Inútil dormir que a dor não passa / Espere sentado / Ou você se cansa / Está provado, quem espera nunca alcança".

Como bem dizia o educador Paulo Freire, a leitura do mundo precede a leitura da palavra. Para bom entendedor, meia palavra basta; para mau entendedor, nem todas
as palavras do mundo bastam.
É isso.


** Globo- O manifestante globalizado
Flávio Henrique Lino

Ele está em toda parte - às vezes no mesmo dia. E protesta contra tudo e por tudo, em diversas línguas. Na metrópole turca Istambul, enfrenta com paus e pedras a
polícia do premier Recep Tayyip Erdogan; na capital salvadorenha, São Salvador, participa da marcha do Dia do Trabalho; no centro financeiro alemão, Frankfurt, ergue-se
contra a crise econômica; no Rio e São Paulo, grita contra o alto preço das tarifas de ônibus, a corrupção, os péssimos serviços públicos... Nos últimos anos, não
há lugar que - palco de alguma confusão ou reivindicação em praça pública - não registre a presença de pelo menos meia dúzia de caras brancas com sobrancelhas, bigode
e cavanhaque preto bem delineados. A marca registrada do manifestante globalizado, no entanto, não podia ser menos moderna. Embora popularizada pelo protagonista
do filme "V de vingança", de 2005, a máscara que identifica descontentes de todas as latitudes tem sua origem num personagem do início do século XVII pouco conhecido
fora dos países de língua inglesa: Guy Fawkes, um dos integrantes da Conspiração da Pólvora de 1605.
Antes de tomar as ruas das cidades do planeta nos dias atuais, Fawkes fazia aparições nos livros de História da Inglaterra como o homem que tramou explodir o Parlamento
em Londres, com o rei Jaime I, ministros, parlamentares e toda a família real dentro, na abertura da sessão legislativa na Câmara dos Lordes em 5 de novembro de
1605. Preso, torturado e executado, ele se tornou uma espécie de vilão popular por força da Lei do 5 de Novembro - aprovada em 1606 por aliviados parlamentares após
a descoberta da conspiração - que instituía a data como celebração do dia em que o Parlamento foi salvo da destruição. Durante séculos, acenderam-se fogueiras, e
Fawkes foi malhado como Judas a cada 5 de novembro.
- Os conspiradores queriam testar se uma nação do século XVII podia sobreviver à destruição da classe política, com todos os seus símbolos e monumentos - disse ao
Globo, da Inglaterra, o historiador Mark Nicholls, do St. John's College, da Universidade de Cambridge e autor do livro "Investigando a Conspiração da Pólvora".
- Daquele dia até hoje, o glamour tenebroso do caso tem chocado as pessoas e atraído a atenção delas em igual medida.
A lei caiu em 1859, mas a tradição, exportada para onde quer que tremulasse uma bandeira inglesa, continuou. Com o passar do tempo, a conotação negativa ligada ao
personagem foi se perdendo, a ponto de seu nome - antes sinônimo de vilania - ser incorporado ao vocabulário cotidiano dos americanos da forma mais casual possível:
guy, no inglês dos Estados Unidos, virou algo como o nosso "cara".
A fama fora do mundo de língua inglesa, porém, só ocorreu em 2005, quando chegou às telas o filme "V de vingança", uma transposição para o cinema de uma graphic
novel do consagrado autor britânico Alan Moore escrita no início da década de 1980. Na história, um mascarado misterioso luta para destruir um Estado totalitário
fascista estabelecido no rastro de devastadores ataques terroristas no Reino Unido. A máscara que esconde o herói, claro, é um rosto estilizado de Guy Fawkes. No
rastro do filme, o personagem V ganhou o planeta como ícone anarquista, sendo adotado, entre outros, pelo grupo ativista de hackers Anonymous. Hay protesta, lá está
ele.
- Fawkes enfrentou sua horrível morte com coragem. Seus objetivos podem estar bem distantes das preocupações dos britânicos modernos, mas não é difícil enxergar
por que pessoas que olham para a segurança do passado distante o veem como um homem de princípios com a coragem de arriscar a vida por uma causa, e não como um terrorista
- avalia o historiador Mark Nicholls.
Esses princípios estiveram entre os motivos do músico catarinense Giulio Giacomazzi, de 34 anos, para aproveitar uma escala em Istambul, na volta de sua viagem à
Tailândia, e participar dos protestos em plena revolta dos turcos contra um premier tido como autoritário por muitos. Máscara de Guy Fawkes no rosto, comprada num
camelô, lá foi Giulio para a Praça Taksim, epicentro da revolta.
- Falaram no albergue que era contra um governo conservador que censura tudo - justificou ele, já de volta a Florianópolis. - Eu conhecia a máscara por causa do
filme e decidi usá-la porque, além de preservar o anonimato, ela tem um sorriso irônico que dá um tom de sátira ao que está acontecendo, expondo os governantes.
Aqui no Brasil, desde a semana passada os governantes - das grandes metrópoles aos municípios do interior - passaram a conhecer o poder por trás desse sorriso irônico.


** Globo- blog do Xexéo
O Rei da Voz

É costume se dizer que a música no Brasil não é uma área de vozes masculinas. Somos um país de cantoras. Eu mesmo repito isso aqui de vez em quando. O Brasil é um
país de cantoras. Tenho uma teoria para explicar por que desvalorizamos nossas grandes vozes masculinas, que não são poucas. Vivemos muito tempo sob a sombra do
talento de Francisco Alves.
Embora esteja meio esquecido, Francisco Alves é considerado até hoje o maior cantor brasileiro. Como morreu relativamente moço (tinha 52 anos), de forma inesperada
(um acidente de automóvel) e no auge da carreira, o país não acompanhou sua decadência, como aconteceu com Orlando Silva e Nelson Gonçalves, só para citar duas grandes
vozes do século passado. Havia também João Dias, cujo timbre e potência vocal eram tão parecidos com o de Francisco Alves que não teve chances de se destacar.
O Brasil teve e tem grandes cantores. Sílvio Caldas, Ney Matogrosso, Agnaldo Timóteo, Roberto Carlos, Vicente Celestino... Mas a grande voz masculina brasileira,
a única que teve chance de rivalizar com o mito Francisco Alves, é a de Agnaldo Rayol. O Brasil sempre soube disso, tanto que, na década de 60, ele foi homenageado
pela TV Record que lhe deu o título de Rei da Voz, até então o título com que era conhecido Francisco Alves.
Aqui, vale uma interrupção. Francisco Alves e mesmo Agnaldo Rayol são de um tempo em que os artistas eram conhecidos pelos títulos que recebiam nas estações de rádio,
principalmente de Cesar Ladeira, na Rádio Mayrink Veiga. Todo mundo sabe que Carmen Miranda sempre foi "a pequena notável". Mas a gente anda se esquecendo de que
Carlos Galhardo (outra grande voz) era "o cantor que dispensa adjetivos", e Sílvio Caldas, "o caboclinho querido'.
Agnaldo Rayol viveu o auge da carreira num tempo em a que a televisão valorizava as atrações musicais. Antes de a TV Record lançar o "Jovem guarda", o programa que
fez Roberto Carlos estourar em todo o país, ele era o cantor mais popular do Brasil, posto garantido por comandar o programa "Corte Rayol show", que dividia com
o comediante Renato Corte Real. Dono de um repertório romântico que valorizava sua potência vocal, ele sempre fez por merecer o título de Rei da Voz.
A esta altura, o leitor tem todo o direito de perguntar por que cargas d'água o colunista escolheu Agnaldo como o tema da semana. É que o cantor vai lançar amanhã
um novo disco: "Agnaldo Rayol e amigos, ao vivo em alto mar". A divulgação destaca que este é o primeiro disco brasileiro "gravado totalmente a bordo de um navio".
Não sei que vantagens isso poderá trazer para a obra. Para mim, basta saber que Agnaldo está cantando alguns de seus clássicos, como "Como é grande o meu amor por
você", "My way" e "Somewhere" (descobri as canções de "West Side story', num show da Record em que Agnaldo as cantava ao lado de Elis Regina). Basta saber também
que algumas das faixas são duetos com gente da estirpe de Angela Maria e Jerry Adriani. Basta saber, enfim, que, novamente, a gente pode ter a grande voz masculina
brasileira cantando dentro da nossa casa. Quer saber? Eu vou comprar.


** Estadão- Luis Fernando Veríssimo
Gatsby S.A.

Para coincidir com o lançamento do filme, que abriu o Festival de Cinema de Cannes deste ano, inaugurou-se uma espécie de indústria de Grandes Gatsbys. Várias editoras
aproveitaram o estardalhaço para publicar suas versões do livro de Scott Fitzgerald.
Nas diversas edições em inglês só o que muda de uma versão para outra, claro, é a apresentação gráfica (com ou sem Leonardo DiCaprio na capa, por exemplo), mas nas
novas traduções que pipocam pelo mundo se imagina que a qualidade do texto de Fitzgerald nem sempre sobreviva. No Brasil há umas quatro ou cinco traduções do Gatsby,
entre antigas e novas. A melhor das novas no mercado deve ser a que a excelente Vanessa Barbara fez para a Companhia das Letras.
Essa variedade de versões espelha, de certa forma, a variedade de interpretações possíveis do livro. Não que ele seja um texto obscuro a ser decifrado. Pode-se até
dizer que é uma lição de narrativa clara, junto com Suave É a Noite, exemplos máximos do estilo elegante de Fitzgerald e do romance tradicional.
Costuma-se comparar a literatura de Fitzgerald com a do seu contemporâneo Ernest Hemingway, cujo estilo lacônico, "seco" em contraste com a prosa fluente de Fitzgerald,
seria o futuro da literatura moderna. No entanto, hoje se relê O Grande Gatsby com o mesmo prazer da primeira leitura, enquanto reedições do Hemingway mostram um
autor a caminho da pior armadilha que espera um escritor que se repete, a da autoparódia.
Mas se O Grande Gatsby não "quer dizer" nada além do que diz com perfeição, o que, exatamente, simboliza aquele estranho personagem enfeitiçado pela luz verde do
outro lado da baía que separa o velho do novo dinheiro, a classe legítima da classe comprada, o seu mundo de negócios suspeitos e escroques do mundo encantado da
sua amada Daisy? "Os ricos são diferentes de nós" é a primeira frase de um conto de Fitzgerald, anterior ao Gatsby. "É, eles tem mais dinheiro", teria comentado
Hemingway. Mas Fitzgerald era fascinado pela diferença. Gatsby é martirizado pela diferença, que o impede, com todo o seu dinheiro, de ter tudo o que quer - Daisy.
Simboliza a mentira do sonho americano, pois há sempre pelo menos uma baía separando as categorias de ricos. Ou simboliza a moral mais banal possível, a de que o
dinheiro não compra a felicidade. Nunca uma banalidade foi tão bem escrita.

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