*** Título da Página: Empresa petropolitana cria cabide especial para os
deficientes visuais ***
Transcrita em 24/2/2013
Empresa petropolitana cria cabide especial para os deficientes visuais
Terça, 19 Fevereiro 2013 13:11
[Print]
[] “Bom dia, eu sou seu cabide e você pegou um terno de linho branco,
ideal para o verão†. A mensagem foi gravada durante os testes de um
produto que pode passar a integrar o cotidiano dos deficientes visuais:
o cabide-visão. A ideia, das mais simples, partiu das irmãs Adriana e
Cristina Sêmola, da empresa Santa Mônica, especializada na confecção de
cabides artesanais e personalizados.
Hoje, quem está à frente da administração da empresa é Adriana, que,
para desenvolver o projeto, contou com recursos do edital de Apoio ao
Desenvolvimento do Design em Empresas Sediadas no Rio de Janeiro, da
Faperj, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de
Janeiro Firjan e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas Sebrae-RJ. No total, o investimento foi de R$ 118.200,00. Mas
quem imaginaria que um mero cabide é capaz de influenciar a rotina de
pessoas com problemas de visão? Pois o cabide falante, que grava
mensagens de 20 segundos e a reproduz ao apertar de um botão, é uma
daquelas ideias absolutamente simples, mas que podem facilitar, e muito,
o cotidiano de pessoas com necessidades especiais.
Voltado para deficientes visuais, para pessoas que, pelo avançar da
idade ou que, por outras circunstâncias, tiveram a visão reduzida, o
cabide-visão serve para que se possa organizar as roupas, mesmo sem
enxergar. “Assim, sabe-se o que está vestindo, sem ficar dependendo de
outra pessoa para isso exercendo assim o direito ou o prazer de
escolher, com autonomia, que roupa irá usar†, explicou Adriana.
Unindo design e tecnologia, o protótipo do cabide foi criado
especialmente pelo designer Augusto Casari, que o planejou em resina nas
pontas e com madeira reciclada na área do gancho. “Ele foi elaborado
de forma anatômica, para facilitar o manuseio por parte dos deficientes
visuais†, explicou Adriana. A parte tecnológica consiste em um chip,
onde as mensagens ficam gravadas, oculto por um botão. Para acionar o
“cabide falante†, basta apertar o botão, localizado abaixo do ganho,
que aciona a gravação e permite que as mensagens sejam ouvidas.
“Estamos procurando empresas ou pesquisadores que produzam esse chip.
O que usamos é importado da China, o que não é o ideal. Queremos
produzir um produto 100% brasileiro†, disse Adriana.
Apesar da simplicidade, para os deficientes visuais não se trata de um
produto qualquer. “Quando levamos o protótipo do cabide-visão à
Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual (Laramara), em
São Paulo, queríamos testar a aceitação do produto. Como resposta, vimos
que o pessoal que é atendido ali chegou a se emocionar, nos fez
sugestões, nos fazendo perceber o quanto cada pequeno gesto de autonomia
é importante. Isso nos fez perceber o valor do projeto. Para quem não
enxerga, vestir roupas com a combinação adequada é, no mínimo, uma
tarefa complexa†, explicou.
A receptividade dos deficientes visuais do Laramara foi um indicador de
que Adriana e equipe estão no caminho correto. “Tínhamos pensado em
gravar mensagens mais objetivas nos cabides, mas a reação dos futuros
usuários foi de pensar em recados mais informais, com mais humor. Eles
realmente se apropriaram do objeto, nos fazendo sentir ainda mais
incentivados. Sabemos que estamos desenvolvendo um projeto que realmente
fará a diferença na rotina dessas pessoas†.
Há também outra versão mais simples do produto, em que uma fita
preenchida em Braile traz as descrições das roupas. O protótipo do
cabide está em fase de finalização pela equipe da empresa. Em abril,
Adriana levará o cabide a uma feira do setor para avaliar sua
receptividade no mercado e, de acordo com essa aceitação, também
calcular o preço. “Queremos um produto que seja acessível a qualquer
deficiente visual, não apenas aos de maior poder aquisitivo†, afirmou
a empresária.
Por outro lado, 200 unidades do primeiro lote do produto serão
distribuídas entre instituições de atendimento a deficientes visuais,
como a própria Laramara, de São Paulo, e o Instituto Benjamim Constant,
do Rio de Janeiro. “Depois, passaremos a produzir comercialmente.
Afinal, os grandes eventos esportivos que serão disputados no Rio de
Janeiro, entre eles as Olimpíadas Paralímpicas, estão chegando e, com
certeza, o nosso cabide despertará grande interesse. Pelo menos, é o que
esperamos†.
Redação Tribuna
*Para conferir o conteúdo completo da versão impressa da Tribuna, assine
agora a EDIÇÃO DIGITAL .
*Referência com erro
No Iframes
_______________________________________________
dosvox-l mailing list
dosvox-l@listas.nce.ufrj.br
http://listas.nce.ufrj.br/mailman/listinfo/dosvox-l
--
- Grupo - Mundo Celestrin
Parceiro do grupo:
Site - Mundo Acessível:
http://www.mundoacessivel.com
---
Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "Mundo Celestrin" dos Grupos do Google.
Para cancelar a inscrição neste grupo e parar de receber seus e-mails, envie um e-mail para mundo-celestrin+unsubscribe@googlegroups.com.
Para obter mais opções, acesse https://groups.google.com/groups/opt_out.
Mundo Celestrin ENC: [dosvox-l] Cabide falante para quem gosta de andar combinadinho
02:01
Ricardo
Posted in
Assinar:
Postar comentários (Atom)
No Response to "Mundo Celestrin ENC: [dosvox-l] Cabide falante para quem gosta de andar combinadinho"
Postar um comentário