Re: Mundo Celestrin Fw: Deficientes visuais conhecem animais pelo tato

pode ser uma coisa tonta e impossível para mim ou qualquer pessoa, não acredito que seja totalmente impossivel, meu sonho é tocar uma onsa adormecida, sei que é um bicho muito selvagem e que para ser tocado precisa de sedativos, mas quando vi uma reporter na tv alisando uma onça que o veterinário sedou para fazer exame, fique encantada e daria tudo para estar no lugar dela, de perto eu vejo as onas em dezenhos, nas roupas que são estampadas como o pêlo delas, minha mãe descreve a onça como um gato grande e unhas m uito compridas afiadas e tal, eu pego meu gatão príncip,e as vezes fico imaginando ele da cor da oncinha e tal, chega ser enggraçado mas eu acho a onça um animal encantador apesar de feróz, ainda sonho em acariciar uma. 
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Sent: Wednesday, May 29, 2013 10:37 PM
Subject: Mundo Celestrin Fw: Deficientes visuais conhecem animais pelo tato

Uma ave de asas leves, com bico quase de plástico e muito colorido. É assim que Gabriel Fernando Silva, de 18 anos, enxerga o tucano, bicho que nessa segunda-feira
(6) segurou pela primeira vez.

Thais Leitão

Totalmente cego desde que nasceu, ele garante que não precisa dos olhos para saber como é a beleza da natureza.
"É um mundo incrível, encantador, que eu vejo com as mãos. Achava que o tucano era um pouco maior do que isto, mas agora eu vi como ele é de verdade",
disse.

Gabriel é um dos 12 alunos do Centro Educacional Setor Leste, uma escola pública de Brasília, que participaram nessa segunda-feira de uma visita guiada
ao zoológico, por meio do Projeto Zoo Toque. Ansioso, assim que chegou ao local, o jovem que sonha ser jornalista, perguntou: "Cadê o tucano que eu não
vi?".

Um mundo muito colorido

Igualmente encantado com a ave, Giovani Alziro, de 20 anos, contou que mesmo antes de conhecê-la de perto, já tinha sua imagem construída na mente. "Na
minha cabeça, o mundo das aves já estava todo formado. É um mundo muito colorido e, por isso, lindo. O tucano que eu peguei hoje, por exemplo, é azul e
amarelo. Então sei que ele tem as cores do céu e do sol. Foi uma sensação incrível", descreveu.

Além do tucano e da arara-canindé, recuperados do tráfico de animais e condicionados desde pequenos para não se assustarem com o toque das pessoas, os alunos
do grupo também conheceram o elefante, o hipopótamo e a girafa. Com a ajuda de monitores capacitados, estes dois últimos animais foram alimentados pelos
jovens.

Ao segurar a alfafa, que serve de comida para o elefante, Andrea Lívia, de 19 anos, ficou surpresa com a aspereza do vegetal. "Achava que era mais fofinho.
É estranho, muito áspero", disse, intercalando sorrisos com uma careta por causa do cheiro forte do bicho. "O cheiro dele que não é bom. É muito marcante,
não gostei muito", completou ela, que nasceu com deficiência visual em razão de uma rubéola contraída pela mãe durante a gestação.

Tainara de Almeida, de 17 anos, logo percebeu que o local onde o elefante dorme tem pé-direito alto. "Pelo eco que faz aqui, dá para ver que o teto é bem
distante", observou. Segundo funcionários do zoológico, que confirmaram a percepção da menina, o lugar chamado de recinto do elefante tem, pelo menos,
5 metros de altura.

Bicho faminto

Para Jéssica Gomes, de 19 anos, o que mais chamou a atenção foi a fome do hipopótamo. "A gente dava comida e ele sempre abria a boca de novo. Que bicho
faminto", disse a jovem, que já tinha visitado o zoológico com a família, mas pela primeira vez alisou o pelo dos bichos.

"Achei o pelo dele gelado e molhado. Deu um nervosinho, mas foi muito gostoso", contou que também gostou de segurar o tucano. "Esse foi o bicho que achei
mais bonito. Ele é lindo porque sei que come frutas. Como as frutas são lindas, ele também é", concluiu.

O professor Renato Soares, um dos que acompanharam o grupo, explicou que conhecer de perto os animais, principalmente os selvagens, entender o local onde
vivem, do que se alimentam e observar suas dimensões enriquece o processo de aprendizagem, estimulando o interesse e aguçando a curiosidade dos alunos.
Segundo ele, exatamente da forma como ocorre com qualquer estudante.

"Ensinamos o que está nos livros, mas quando vamos até o objeto do estudo e vemos de perto, tudo se torna mais real, mais concreto e mais encantador. É
assim com os alunos que têm deficiência como com qualquer aluno", enfatizou.
Ele explicou que, para orientar a observação, são feitas comparações com elementos já conhecidos pelos adolescentes. Para ajudá-los a compreender o tamanho
do elefante, por exemplo, o professor disse que era quase como uma van.
"Eles podem não enxergar com os olhos, mas enxergam com os outros sentidos e veem tudo, só que da maneira deles", acrescentou.
Visitas mensais

Ao longo de todo o ano, esses alunos farão visitas mensais ao zoológico. Na programação, desenvolvida por biólogos, zootecnistas e educadores ambientais
da instituição, estão incluídas noções de fisiologia animal e de conscientização ambiental, além de observação do borboletário e do serpentário. A cada
ano, o zoológico firma parceria com uma escola para desenvolver o projeto.

A coordenadora da iniciativa, Marcelle de Castro, explicou que o zoológico conta com estrutura para receber pessoas com deficiência em qualquer dia da semana,
mas enfatizou que para visitas orientadas é preciso fazer agendamento prévio por meio do telefone (61) 3445-7013.

A especialista em inclusão Claudia Werneck ressaltou que o direito ao lazer é previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e que deve ser assegurado
com ampla e diversificada oferta.

"O direito ao lazer vale para para qualquer criança, com ou sem deficiência, e significa que elas devem não apenas estar nos espaços, mas participar e usufruir
deles em plenas condições de acessibilidade. Isso deve valer para todas as crianças, em todos os espaços e em todos os momentos", disse a especialista,
que é fundadora da Escola de Gente, organização não governamental que trabalha pela disseminação de políticas públicas inclusivas.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), existem 600 milhões de pessoas com deficiência no mundo, mais da metade delas vivendo nas regiões pobres
dos países em desenvolvimento, como o Brasil.

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